Universidade de Brasília
Disciplina: Práticas Mediáticas da Educação
Professor: Pedro Andrade
Aluna: Anna Carolina Nadler Costa – 12/0007495
FICHAMENTO
II
Cysneiros,
Paulo Gileno. Novas Tecnologias na sala de aula: melhoria do ensino ou inovação
conservadora? – Informática Educativa- vol. 12, nº 1, 1999- Unidades- Lidie (PP
11-24).
1) Resumo:
O
texto fala sobre uma visão diferente que o autor, Paulo Cysneiros, possui sobre
o uso das tecnologias na escola e no processo de aprendizagem.
Ele
começa desmistificando o ideal de que com equipamentos de qualidade e
professores qualificados nas escolas são a solução para a inclusão da
tecnologia, e continua falando que não há a melhora, mas sim só a mudança da
forma que o professor explica um assunto. O professor simplesmente deixa de
pegar um mapa mundi e coloca em um slide um mapa e apaga a luz da sala, com
isso o professor não faz melhora nenhuma, só mostra pro aluno a mesma coisa que
ele via antes, mas de uma forma que o induza a não prestar atenção.
O
uso da internet e da digitalização dos trabalhos também é tratado, ele fala que
com essa nova ideia de que trabalho só pode ser digitado facilita que o aluno
apenas copie o que ele encontra na internet, já que muitas vezes os professores
não sabem buscar ou procurar os objetos de estudo lá e por isso não sabem que o
aluno copiou.
Mas
acredito que a idéia principal desse texto é mostrar que a tecnologia deve ser
adicionada a educação, mas não podemos deixar e lado o processo de aprendizagem
comum, ou seja, o professor deve utilizar dos dois meios, sem deixar nenhum de
lado. E no texto fala que utilizamos a tecnologia, que é mais cara, para fazer
coisas muito simples e baratas.
Então,
cabe a conscientização de como devemos utilizar adequadamente as tecnologias e
nunca se esquecer de refletir pra que serve e se é mesmo necessário.
2)
Citações principais do texto:
Mas
também em tais escolas aprendi a ter um profundo respeito pela grande maioria
de professores e professoras que desenvolveram formas criativas de ensinar e de
educar, construídas dentro das limitações e das condições existentes. À partir
desta atitude de respeito, de aprendizagem mútua, tem sido possível
experimentar novas abordagens, com alguns sucessos em meio a alguns fracassos.
(Página 2)
Vejo
as novas tecnologias como mais um dos elementos que podem contribuir para
melhoria de algumas atividades nas nossas salas de aula. Por outro lado, também
não adoto o discurso dos defensores da nova tecnologia educacional, que mostram
as mazelas da escolas (algo muito fácil de se fazer), deixando implícito que
nossos professores são dinossauros avessos a mudanças. É um discurso tentando
nos convencer a dar mais importância a objetos virtuais, apresentados em
telinhas bidimensionais, deixando implícito que a aprendizagem com objetos
concretos em tempos e espaços reais está obsoleta. (Página 4)
O
fato de se treinar professores em cursos intensivos e de se colocar
equipamentos nas escolas não significa que as novas tecnologias serão usadas
para melhoria da qualidade do ensino. (Página 5)
Não
quero com isso afirmar que tais tecnologias de exposição não são úteis. São
sim, nas mãos de mestres criativos, dentro de contextos apropriados. (Página6)
Tal
tipo de mídia pode também reforçar no aluno uma falsa sensação de ter aprendido
a lição, pois tudo que o mestre escreveu está ali, gravado, do jeito dele, com
os mesmos espaços, tamanhos, etc. Esse sentimento é ilusório, como todo mundo
que já passou pela escola sabe. (Página 7)
Alguns
professores experientes percebem que quase nada mudou na sala de aula, porém
outros, talvez iludidos por um suposto efeito do computador, vêm vantagens nas
novas formas de apresentar o conteúdo, algumas vezes reforçadas por um discurso
defendendo o construtivismo ou outros conceitos da moda, pouco ou
mal-compreendidos. Os alunos também se cansam facilmente após o efeito da
novidade. (Página 8)
presença da tecnologia na escola, mesmo com
bons software, não estimula os professores a repensarem seus modos de ensinar
nem os alunos a adotarem novos modos de aprender. (Página 8)
Nossas
escolas públicas e professores, como vimos no início deste trabalho, ainda não
possuem ambientes favoráveis a este tipo de atividade. Isto, no entanto, não
significa que não devamos iniciá-la, que o professor desista de experimentar,
de ousar. (Página 13)
4)Questionamentos
(questões levantadas e dúvidas):
Depois
de ler o texto fica claro a dificuldade de como é possível lidar com as
tecnologias no processo de aprendizagem e que muitas vezes os professores,
mesmo depois de terem feito cursos, não conseguem fazer com que o uso das
tecnologias se tornem interessantes pro alunos. Então quais seriam as atitudes
que o professor deveria tomar para tornar esse processo prazeroso pros alunos?
A escola teria que prestar algum projeto que possa tornar isso em algo bom ou
só cabe ao professor? E será que a escola e professor têm a consciência de que
essa tecnologia não traz mudanças significativas para a educação?